Mais uma vez, a sensação de missão cumprida e a ideia de que muitos passos já foram dados. Estamos chegando ao final de mais um semestre de aprendizagens e experiências, umas mais significativas, outras nem tanto assim... Desta vez, foi nos dado o script que deveríamos seguir para formulação de nosso texto final, a partir da utilização de palavras chaves. Particularmente, julguei uma experiência interessante, pois mudar o foco das interdisciplinas nos dá a ideia de que o conhecimento que produzimos ocorreu de forma globalizada. Outro detalhe interessante foi o enfoque dado à Escola, seja como instituição, seja em seu aspecto organizacional ou administrativo. Perceber que a gestão democrática, além de perfazer as escrituras legais, acontece na prática em meu cotidiano escolar foi outro aspecto enriquecedor e que validou a experiência. A gestão democrática do Ensino, antes de conveniência política deve perfazer a lógica do ensino-aprendizagem e neste sentido, vejo que a educação leopoldense, já deu muitos passos positivos.
É próprio do ser humano estar
em constante processo avaliativo, o qual encontra-se dependente do motivo ao
qual se destina. Os pilares que sustentam o sucesso do processo avaliativo em
termos escolares encontram-se sobre a tríade: constatação, reflexão e ação.
A avaliação produz efeitos
positivos ao contribuir com diagnósticos e indicativos, mas apenas pesquisa as
qualidades dos resultados conseguidos no processo, sob os quais devem embasar-se
os discernimentos por parte da gestão. Avaliar
é um ato de produzir conhecimentos, desvendar qual é a qualidade da realidade
na qual ocorre o processo de ensino-aprendizagem.
Quando ocorre, o fracasso escolar também se estende à instituição
que proveu este ensino e é preciso encarar esta questão de forma sistêmica. Em
se tratando da sala de aula, as avaliações ocorrem em pequena escala, mas que
subentende-se maior que apenas acompanhar individualmente o desenvolvimento do
aluno, pois deixam transparecer os efeitos que as didáticas de ensino que
utilizei, estão produzindo na turma como um todo, evidenciam o sucesso ou o
fracasso do meu trabalho pedagógico. A avaliação não deve ser apenas da
aprendizagem do estudante, mas também do sistema e dentro deste último, a sala de aula. Quando o processo avaliativo
aponta as causas que estão influenciando negativamente, tornam-se passíveis as
modificações, intervenções em seus efeitos.
A avaliação precisa ser
praticada com o rigor da metodologia científica, secundarizando-se as
expressões de subjetividades e de juízos emocionais. É importante que seja
organizada objetivamente de acordo com aquilo que foi ensinado e considerado
essencial para a aprendizagem do aluno, sendo que este mote norteador, também
deve ser considerado na hora da correção das atividades propostas. Outro
aspecto importante diz respeito às linguagens utilizadas pois estas devem
facilitar o entendimento quanto aos objetivos a que se detêm determinadas
questões, acordadas com o mesmo nível de complexidade com que os conteúdos
foram trabalhados.
Quando elaboro uma avaliação, é
preciso que eu tenha claro qual o padrão de qualidade que espero. Sequenciando
a coleta de dados possibilitada pela avaliação, eu os comparo com as minhas
expectativas iniciais. Caso ocorram frustrações, sinalizam a necessidade de
outras formas de intervenção pedagógica.
Ao contrário dos exames e
provas escolares que excluem e reprovam, a avaliação precisa ser vista como
inclusiva: “bom, se esta forma que trabalhei não propiciou o nível de
aprendizagem coletiva que era esperado, que outras didáticas de ensino posso
lançar mão para que isso ocorra a pleno?” Em outras palavras, a avaliação deve
ser um convite à produção de resultados positivos para todos os envolvidos,
pois de acordo com o que diz o Professor Júlio Furtado, “é preciso entender
como se aprende para aprender como se ensina”.