terça-feira, 4 de julho de 2017

Minhas percepções sobre o processo avaliativo no cotidiano pedagógico

É próprio do ser humano estar em constante processo avaliativo, o qual encontra-se dependente do motivo ao qual se destina. Os pilares que sustentam o sucesso do processo avaliativo em termos escolares encontram-se sobre a tríade: constatação, reflexão e ação.

A avaliação produz efeitos positivos ao contribuir com diagnósticos e indicativos, mas apenas pesquisa as qualidades dos resultados conseguidos no processo, sob os quais devem embasar-se os discernimentos por parte da gestão.  Avaliar é um ato de produzir conhecimentos, desvendar qual é a qualidade da realidade na qual ocorre o processo de ensino-aprendizagem. 
Quando ocorre,  o fracasso escolar também se estende à instituição que proveu este ensino e é preciso encarar esta questão de forma sistêmica. Em se tratando da sala de aula, as avaliações ocorrem em pequena escala, mas que subentende-se maior que apenas acompanhar individualmente o desenvolvimento do aluno, pois deixam transparecer os efeitos que as didáticas de ensino que utilizei, estão produzindo na turma como um todo, evidenciam o sucesso ou o fracasso do meu trabalho pedagógico. A avaliação não deve ser apenas da aprendizagem do estudante, mas também do sistema e dentro deste último,  a sala de aula. Quando o processo avaliativo aponta as causas que estão influenciando negativamente, tornam-se passíveis as modificações, intervenções em seus efeitos.
A avaliação precisa ser praticada com o rigor da metodologia científica, secundarizando-se as expressões de subjetividades e de juízos emocionais. É importante que seja organizada objetivamente de acordo com aquilo que foi ensinado e considerado essencial para a aprendizagem do aluno, sendo que este mote norteador, também deve ser considerado na hora da correção das atividades propostas. Outro aspecto importante diz respeito às linguagens utilizadas pois estas devem facilitar o entendimento quanto aos objetivos a que se detêm determinadas questões, acordadas com o mesmo nível de complexidade com que os conteúdos foram trabalhados.
Quando elaboro uma avaliação, é preciso que eu tenha claro qual o padrão de qualidade que espero. Sequenciando a coleta de dados possibilitada pela avaliação, eu os comparo com as minhas expectativas iniciais. Caso ocorram frustrações, sinalizam a necessidade de outras formas de intervenção pedagógica.
Ao contrário dos exames e provas escolares que excluem e reprovam, a avaliação precisa ser vista como inclusiva: “bom, se esta forma que trabalhei não propiciou o nível de aprendizagem coletiva que era esperado, que outras didáticas de ensino posso lançar mão para que isso ocorra a pleno?” Em outras palavras, a avaliação deve ser um convite à produção de resultados positivos para todos os envolvidos, pois de acordo com o que diz o Professor Júlio Furtado, “é preciso entender como se aprende para aprender como se ensina”.



REFERÊNCIAS

FURTADO. Júlio. O desafio de promover a aprendizagem significativa. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=O3mOntUESuw, acessado em 26 de junho de 2017.

LIMA. Iana Gomes de; GOLBSPAN. Ricardo Boklis. O Sistema educacional de avaliação participativa do Rio Grande do Sul: contribuições para o desenvolvimento de uma gestão escolar democrática. Disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2027854/mod_resource/content/1/O%20Sistema%20Estadual%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Participativa%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o.pdf, acessado em 26 de junho de 2017.

LUCKESI. Cipriano. Avaliação da aprendizagem. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc, acessado em 26 de junho de 2017.

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