Durante as nossas aulas de Libras, muitas explanações foram
feitas pela Professora, mas alguns aspectos me pareceram peculiares:
· Contrariando o que eu imaginava, não há uma única língua de sinais, à
exemplo da cultura surda indígena, que possui imagens e simbologias próprias,
ou aquela utilizada pelos ingleses, onde ambas as mãos são utilizadas para as
representações.~
· Em se tratando de literatura surda, há obras que são apenas traduções literais, sem
que sejam utilizados elementos próprios da cultura surda, ou ainda, há aquelas
em que predominam as adaptações. Todavia, aquelas produzidas por surdos
voltadas para este público, conseguem ser mais facilmente compreendidas pelos
leitores.
· Em uma Escola
bilíngue, voltada para o atendimento a pessoas surdas, a língua dos sinais
deve ser priorizada em relação à lingua portuguesa, que geralmente é oralizada.
Existem expressões que são próprias da cultura ouvinte, como é o caso dos
ditados populares. Estas, são de difícil
entendimento para os surdos, já que os mesmos procuram compreendê-la em seu
sentido literal.
· São realizados fóruns de sinais, onde são oportunizadas trocas de experiências e
atualizações. Entretanto, há palavras que necessitam ser soletradas porque
ainda não possuem sinais próprios, convencionados. Isso acontece nas mais
diferentes áreas do conhecimento.
Nossas Escolas vivem um movimento com vias à
inclusão de indivíduos com necessidades especiais no cotidiano pedagógico.
Fala-se aos quatro cantos destas políticas de democratização de acesso ao
ensino, mas a bem da verdade, vê-se passos lentos e dissidentes entre teoria e
prática efetiva. Particularmente, me questiono: Até que ponto, um aluno com deficiência auditiva e necessidades tão
específicas, compreende-se, REALMENTE, integrado às aulas que são administradas
aos demais alunos, que em sua grande maioria, são ouvintes?
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