sexta-feira, 10 de junho de 2016

LIBRAS - Linguagem Brasileira dos Sinais

  Durante as nossas aulas de Libras, muitas explanações foram feitas pela Professora, mas alguns aspectos me pareceram peculiares:
·      Contrariando o que eu imaginava, não há uma única língua de sinais, à exemplo da cultura surda indígena, que possui imagens e simbologias próprias, ou aquela utilizada pelos ingleses, onde ambas as mãos são utilizadas para as representações.~
·      Em se tratando de literatura surda, há obras que são apenas traduções literais, sem que sejam utilizados elementos próprios da cultura surda, ou ainda, há aquelas em que predominam as adaptações. Todavia, aquelas produzidas por surdos voltadas para este público, conseguem ser mais facilmente compreendidas pelos leitores.
·      Em uma Escola bilíngue, voltada para o atendimento a pessoas surdas, a língua dos sinais deve ser priorizada em relação à lingua portuguesa, que geralmente é oralizada. Existem expressões que são próprias da cultura ouvinte, como é o caso dos ditados populares. Estas,  são de difícil entendimento para os surdos, já que os mesmos procuram compreendê-la em seu sentido literal.
·      São realizados fóruns de sinais, onde são oportunizadas trocas de experiências e atualizações. Entretanto, há palavras que necessitam ser soletradas porque ainda não possuem sinais próprios, convencionados. Isso acontece nas mais diferentes áreas do conhecimento.

Nossas Escolas vivem um movimento com vias à inclusão de indivíduos com necessidades especiais no cotidiano pedagógico. Fala-se aos quatro cantos destas políticas de democratização de acesso ao ensino, mas a bem da verdade, vê-se passos lentos e dissidentes entre teoria e prática efetiva. Particularmente, me questiono: Até que ponto, um aluno com deficiência auditiva e necessidades tão específicas, compreende-se, REALMENTE, integrado às aulas que são administradas aos demais alunos, que em sua grande maioria, são ouvintes? 


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