Enquanto instrumento de
ressignificação de nossas concepções, o Portfólio de Aprendizagem tem sido de
grande valia no que tange ao processo de aproximação entre teoria e prática em
nosso cotidiano pedagógico, ao passo que vamos realizando as atividades e leituras
encaminhadas pelas Interdisciplinas no transcorrer do semestre letivo.
Neste sentido, parece-nos
natural que seja compreendido de diferentes formas, dado seu caráter
transmutável e dinâmico.
Entre as aprendizagens que as produções/postagens
no Portfólio vão nos incutindo gradativamente, chama a atenção a intensificação
quanto às exigências pessoais com relação ao esboço de nossas opiniões,
conforme vamos alicerçando teoricamente nossos entendimentos, seja a partir das
leituras propostas nas Interdisciplinas, seja em pesquisas realizadas com este
intuito, ou ainda, naquelas experiências que vamos angariando cotidianamente.
Ao efetuarmos
exercícios comparativos entre nossos esforços iniciais com aqueles mais
recentes, esta característica fica evidenciada, sobretudo, qualitativamente.
Inicialmente,
pensamos que as dificuldades de compreensão dos reais objetivos a que se
destinava à produção do Portfólio de Aprendizagem influenciaram decisivamente
nas escritas que fomos produzindo.
Todavia, com o passar do tempo
e a consequente desmistificação, percebemos que apesar de desafiador, é um
processo muito significativo nos percebermos capazes de interagir com as
reflexões propostas por diferentes autores.
Em outras palavras, podemos dizer que, ao nos
defrontarmos com suas produções, vemo-nos protagonistas da organização de
nossos conhecimentos, justamente por se tratar da proposta em que estão
moldadas as Interdisciplinas do PEAD.
Como o próprio nome já designa,
a síntese reflexiva que produzimos semestralmente é o momento em que versamos
de forma escrita nossas revisitas às produções, nossas reavaliações quanto a amplitude que
as contribuições e aprendizagens efetivamente significaram em nossas práticas
docentes.
Podemos traduzí-la como uma compilação de
discussões, reflexões e estudos com vistas à correlação entre teoria e
prática.
Além de enriquecimento
vocabular visando aprimorarmos ainda mais nossa capacidade argumentativa, as
produções escritas nos impelem à exploração de nossos pontos de vista sob
diferentes assuntos ligados à prática de ensino X aprendizagem e por isso,
mesmo, configura-se como processo individual, mutável e provocativo.
Já a apresentação é
quando transmitimos oralmente as conclusões a que chegamos durante nossa
produção escrita, os saberes que circunstanciaram toda a produção textual.
Entretanto, bem sabemos que, durante esta verbalização, nos sentimos traídas
pelo nervosismo, justamente pelo caráter avaliativo que configura este momento.
Por se
tratar de uma compilação de conhecimentos e reflexões, pensamos que uma das
maiores dificuldades se pauta em identificarmos aqueles conceitos que devem vir
a compôr nossas produções textuais, sem incorrermos no risco de sermos
deterministas, tampouco, deixarmos de elencar aspectos que realmente devam ser
priorizados, ainda que estejamos cientes de que se trata de uma produção de
cunho pessoal.