quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Repensando as construções do PEAD...


         Enquanto instrumento de ressignificação de nossas concepções, o Portfólio de Aprendizagem tem sido de grande valia no que tange ao processo de aproximação entre teoria e prática em nosso cotidiano pedagógico, ao passo que vamos realizando as atividades e leituras encaminhadas pelas Interdisciplinas no transcorrer do semestre letivo.
 Neste sentido, parece-nos natural que seja compreendido de diferentes formas, dado seu caráter transmutável e dinâmico. 

 Entre as aprendizagens que as produções/postagens no Portfólio vão nos incutindo gradativamente, chama a atenção a intensificação quanto às exigências pessoais com relação ao esboço de nossas opiniões, conforme vamos alicerçando teoricamente nossos entendimentos, seja a partir das leituras propostas nas Interdisciplinas, seja em pesquisas realizadas com este intuito, ou ainda, naquelas experiências que vamos angariando cotidianamente.
Ao efetuarmos exercícios comparativos entre nossos esforços iniciais com aqueles mais recentes, esta característica fica evidenciada, sobretudo, qualitativamente. 
Inicialmente, pensamos que as dificuldades de compreensão dos reais objetivos a que se destinava à produção do Portfólio de Aprendizagem influenciaram decisivamente nas escritas que fomos produzindo.
Todavia, com o passar do tempo e a consequente desmistificação, percebemos que apesar de desafiador, é um processo muito significativo nos percebermos capazes de interagir com as reflexões propostas por diferentes autores.

 Em outras palavras, podemos dizer que, ao nos defrontarmos com suas produções, vemo-nos protagonistas da organização de nossos conhecimentos, justamente por se tratar da proposta em que estão moldadas as Interdisciplinas do PEAD. 
Como o próprio nome já designa, a síntese reflexiva que produzimos semestralmente é o momento em que versamos de forma escrita nossas revisitas às produções, nossas reavaliações quanto a amplitude que as contribuições e aprendizagens efetivamente significaram em nossas práticas docentes.
 Podemos traduzí-la como uma compilação de discussões, reflexões e estudos  com vistas à correlação entre teoria e prática. 
Além de enriquecimento vocabular visando aprimorarmos ainda mais nossa capacidade argumentativa, as produções escritas nos impelem à exploração de nossos pontos de vista sob diferentes assuntos ligados à prática de ensino X aprendizagem e por isso, mesmo, configura-se como processo individual, mutável e provocativo. 
 Já a apresentação é quando transmitimos oralmente as conclusões a que chegamos durante nossa produção escrita, os saberes que circunstanciaram toda a produção textual. Entretanto, bem sabemos que, durante esta verbalização, nos sentimos traídas pelo nervosismo, justamente pelo caráter avaliativo que configura este momento.
 Por se tratar de uma compilação de conhecimentos e reflexões, pensamos que uma das maiores dificuldades se pauta em identificarmos aqueles conceitos que devem vir a compôr nossas produções textuais, sem incorrermos no risco de sermos deterministas, tampouco, deixarmos de elencar aspectos que realmente devam ser priorizados, ainda que estejamos cientes de que se trata de uma produção de cunho pessoal. 

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