domingo, 30 de agosto de 2015

Aprendizagens sobre a apresentação do workshop



        A elaboração da narrativa de minhas aprendizagens aconteceu par e passo às ideias de apresentação. 
      Horas de dedicação, treinos e falas cronometradas. Tudo estava certo!
      Não queria nada chato de ser visto, tampouco pouco convidativo ou que deixasse de transparecer um pouco sobre mim... Então, decidi-me pelas corujas. Elas seriam as porta-vozes das minhas mensagens, ilustrariam meus dizeres, os quais, eu tinha certeza de que "daria conta".
     Tudo pronto! Bastava apenas os últimos ajustes, uma capa e chegar ao Campus da UFRGS. Falo com os alunos todos os dias, logo, tiraria tudo isso de letra! 
      Resolvi ir sozinha, pois a companhia de estranhos no ônibus, não prejudicaria minha concentração, eu  poderia aproveitar o tempo de deslocamento para últimas ou quem sabe, novas leituras. 
      Então, ao deparar-me com as demais gurias, com a organização "regimental" e cronológica das apresentações, fui dando-me por conta de que minha segurança era mais tênue que eu supunha! 
      As apresentações iniciaram, as gurias iam aos poucos, fazendo o seu melhor.
      Pernas tremendo, coração disparado, pele ruborizada... chegou minha vez:                       -"Ok, Ivonete! Vai lá! Conta tudo direitinho, do jeito que tu ensaiou! Tu sabe!"... era o coitadinho do meu ego, tentando me trazer à lucidez, num duelo ímpar com o meu nervosismo! 
      Apresentação acontecendo, dez minutos que se tornaram segundos... As corujas iam fazendo sua parte no power point, enquanto eu tentava orquestrar o receio da repetição ou do esquecimento.
      Por fim, das conclusões que faço é que, graças a esta parte do processo avaliativo, descobri que não tenho nenhuma doença cardíaca e que, nestas situações, os minutos representam uma linha muito tênue entre o sucesso e o fracasso. 
      Finalizada a apresentação, senti-me muito frustrada, incomodada... e por que?   
      Porque fiquei com a sensação de incapacidade, de estar aquém de todas as qualidades que eu julgava ter... Embora as palavras de incentivo e parabenizações tenham se multiplicado ao final, acredito que sou a pessoa mais auto-crítica que conheço! 
      Queria muitíssimo não o ser, mas é um item de série que me acompanha a longa data. Justo a mim, competiu ser eu mesma, com todos os ônus e bônus que isso possa acarretar.
      Haverão próximas oportunidades, sei delas. 
      Então, tentarei novamente dar o meu melhor... sei que tenho competência pra isso!  Só espero que as forças maiores olhem por mim e transformem tudo em experiências positivas,  acima de tudo.


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