quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Lúdico e a Aprendizagem


   
 Se aprender é uma aventura, então por que não deixar a ludicidade fazer parte deste desafio?
      Acho que esta frase ilustra bem os parâmetros norteadores que serão utilizados durante as propostas de atividades que realizaremos nesta Interdisciplina, a julgar pelo nosso primeiro Encontro Presencial.
      Após as apresentações das Professoras, fomos convidadas a atentar para os diálogos de dois pequenos vídeos. O primeiro e mais breve, chamado “A natureza brincante” (disponível em https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+natureza+brincante), traz em seu próprio título uma indagação: refere-se ao caráter que a própria natureza adquire durante as brincadeiras infantis ou à característica intrínseca de cada criança ao afirmar que gosta de brincadeiras? Tal dissociação torna-se impossível ao passo que as imagens passam a ser mostradas: crianças brincam ao ar livre, conectando experiências, conhecimentos e socialização.
 Já a segunda produção, “O fim do recreio”, (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=t0s1mGQxhAI&nohtml5=False ) apresenta-se versada em diálogos simples, entre crianças de uma escola curitibana, preocupadas com a possibilidade eminente da extinção do Recreio da grade escolar, graças a interpretação errônea de um projeto de lei, em trâmite no Congresso Nacional.
       As reflexões apontadas por ambas as produções confluem-se às frases do poema de “Apenas brincando”, escrito por Anita Wadley (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=FIOJaYlEnCU ), explicitando a necessidade de os adultos atentarem para a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil, pois antes de mais nada, também significam uma forma de aprendizagem.
      Então se o brincar é a arte de aprender, sem se dar por conta, faz-se importante que nós professores estejamos atentos à qualidade de nossas intervenções nos momentos lúdicos, às abordagens de ensino que utilizamos, pois muitas vezes, são as as únicas oportunidades de socialização que os alunos possuem. Desta forma, ao dirigirmos as brincadeiras, é preciso atentarmos para que a criatividade possa fluir espontaneamente. Não significa que a nossa intenção pedagógica não deva ser importante, mas sim, que ela não deve ser um critério determinante ao propormos as brincadeiras aos nossos alunos.     
      Lendo a questão sobre a importância do brincar, lembrei de uma música da Maria Bethânia, chamada "Brincar de viver". Além de adorar sua melodia, a letra me parece singularmente inspiradora quando nos diz que (...) a história não tem fim /Continua sempre que você responde: SIM / À  sua imaginação / À arte de sorrir cada vez que o mundo diz: NÃO." 
       Em meu ponto de vista, aí reside um dos maiores legados que a ludicidade infantil nos incute ao fazer parte de nosso desenvolvimento:  a arte de não ter de levar a vida assim, SEMPRE tão a sério!
        Quando brincávamos era comum utilizarmos frases como: "Agora, é a sua vez.", "Me dá a mão!"; "Venha, você consegue!" ou ainda, "A gente podia fazer assim..."   Sem nem conhecermos a palavra "socialização", sabíamos que era importante respeitar o outro, ao mesmo tempo que tomávamos decisões, desenvolvíamos nossa motricidade, dávamos asas à criatividade e deixávamos fluir a imaginação!

       Ser adulta, às vezes, é muito chato! Horas assim, gosto de conversar com a minha criança de dentro. Ela sempre me dá a mão, me conforta e diz que vamos conseguir dar conta de tudo! 

Um comentário:

  1. Ivonete,

    Parabéns pelas tuas postagens. Está claro que tens te dedicado a melhorar, a qualificar o que tens publicado. Continua nesse exercício constante.
    []'s
    Tutora Jacque

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