quinta-feira, 21 de abril de 2016

"Tudo na vida, há de passar. Somente a música, há de ficar!"

    Já na apresentação, as professoras Leda Maffiolettie  e Luciane Cuervo deram-me a impressão de que nos trariam muitas novidades. Então, não me surpreendeu quando nos propuseram que faríamos uma acolhida sob a forma de ciranda. Ficamos sabendo que a ciranda tem o objetivo de extravasar as energias. 
   Então, conversamos sobre a voz, que nunca é tarde para cuidarmos dela e que para tanto, precisamos estar atentos a detalhes simples como postura e respiração.
     A musicalidade é parte de todos os seres humanos e as experiências com a música e com o folclore infantil nos prestam identidade. O contexto cultural influencia no gosto musical. Então, ficamos sabendo que Música, Cultura e Educação são eixos que se interligam e que serão os focos de estudos desta Interdisciplina.
    Ao trabalharmos com música em sala de aula, precisamos ir além das trivialidades que nos são oferecidas pelos modismos midiáticos.

     A entonação vocal e sua importância
  
    Voluntariamente, algumas colegas participaram de uma atividade simples, onde deveriam utilizar-se de diferentes entonações vocais para uma única frase. 
    Então, após refletirmos sobre a forma como concebemos as informações que recebemos, de acordo com a percepção vocal, a professora passou a falar sobre a importância da música.
   As pinturas rupestres e artefatos históricos dão conta de fazeres musicais, como apontado nas pinturas da Dança de Cogul, nas paredes da caverna de mesmo nome, na Espanha.
   Seja em ambientes sociais mais eletistas e hierarquizados, seja nas classes mais inferiores, a música sempre se fez presente, à exemplo da cultura indígena, onde é algo crucial e marcantes em quase todos os rituais.
  Em vários lugares, em tempos remotos, são encontrados artefatos que lembram instrumentos musicais. 
    Quando pensamos na importância da música para os seres humanos, basta dizer que a audição, já ocorre desde os nossos primeiros 5 meses de gestação e por isso, é considerado o nosso primeiro e último sentido vital.
    É fundamental que desde cedo, tenhamos nossa cultura musical sendo estimulada, pois quando curtimos uma música, nosso cérebro libera dopamina, substância química ligada a sensação de prazer.

    Mitos sobre a musicalidade

    Há muitos mitos sobre a musicalidade: "Musicalidade é um dom!" Apesar de o ser, há uma série de fatores, que perpassam pela genética e pela cultura e que podem nos fazer desenvolver a musicalidade.
   "Estou muito velha para aprender!" Nosso cérebro está apto a aprender em qualquer momento de nossa vida. Quando envelhecemos, ele desenvolve uma maior capacidade de fazer associações neurais, mas precisa ser estimulado para desenvolver-se.
   "Ouvir Mozart deixa a criança mais inteligente!" O fato de estarmos pensando em uma música já é fato responsável por promover o engajamento de todas a nossa capacidade cognitiva. 
   "Há uma região específica que sabe ler partitura, mas não sabe música!" Prova de que tal afirmação está errada são aqueles instrumentistas e cantores que produzem música sem nem precisar de partituras, a exemplo de Yamandú Costa.
  "Não sabe tocar um instrumento, não sabe música!" Hoje em dia, está mais fácil o acesso à aprendizagem de instrumentos, mas é necessária muita dedicação.
  Sabe-se que a habilidade musical melhora em 40% a habilidade de leitura, pois comungam dos mesmos mecanismos neurais!
   Somos dotados de uma função cerebral chamada de plasticidade neuronal, ou seja, é a capacidade que nosso cérebro  possui de adaptar-se constantemente às novas aprendizagens.

    Audição Humana

  Ouvimos até 20.000 hertz. A perda auditiva é definitiva e consequente da idade. Porém, este problema pode ser potencializado com a utilização indevida de sons em volume alto!

   No filme acima, "Minha voz, minha vida", são demonstrados diferentes professores, com diferentes locuções vocais.
  Nossa identidade fica abalada quando perdemos nossa voz, mas há diferentes técnicas que podem nos auxiliar eficientemente no nosso dia-a-dia, como por exemplo, exercícios respiratórios.
   Usamos nossa voz para chorar, gritar, cantar, conversar, etc. Trata-se de um de nossos principais meios de comunicação. 
    No entanto, o uso abusivo e descontrolado de nossas capacidades vocais, podem causar lesões nas cordas vocais, que podem evoluir para graves doenças. O cigarro, o álcool, irritantes químicos, maus uso, infecções mal curadas, ressecamentos constantes, são alguns dos inimigos de nossa voz!

   


   
    

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