A atividade do dia do curso de PEAD incluía a visualização crítica do filme "Quanto vale ou é por quilo?".
Quando li as sínteses críticas e sinopses disponíveis na internet, antes mesmo de assisti-lo, já imaginei: "- Lá vem bomba! Já começa pelo fato de ser produção nacional..."
Confesso que ir a cinemas, entrar em discussões cinéfilas e toda a gama de paciência e atenção que um filme requer, nunca me foram "um chamariz", por assim dizer... talvez em função deste meu preconceito e tal qual aconteceu com o filme Macunaíma, o filme não me chamou a atenção à primeira vista.
As cenas iniciais, embora de caráter mais chocante que os tradicionais que abordam a questão da Escravidão no Brasil, traziam em si a mesma mescla de que o dinheiro empodera o ser humano cuja máxima expressão está no poder estipular o "valor do outro" ou o seu "peso social".
Mas então, contrariando a síntese dantesca do trivial, novas imagens são inseridas e com elas, o desconforto!
E o desconforto me faz rememorar a aquela letra de música que melodicamente, diz: "(...) É duro tanto ter que caminhar / E dar muito mais do que receber /E ter que demonstrar sua coragem / À margem do que possa parecer / E ver que toda essa engrenagem / Já sente a ferrugem lhe comer". (disponível em http://www.vagalume.com.br/ze-ramalho/admiravel-gado-novo.html)
Durante as aulas de Geografia, insisto com os alunos que temos de enxergar além do visível, "pois além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz."... me peguei pensando em quantas vezes realmente podemos fazer este exercício em meio a esta pauliceia desvairada de nossa existência, que traz intrínseca a fatídica ideia do "pão caro e da liberdade pequena"... De certa forma, isso legitima minha insistência nas brigas contra aqueles que subjugam meu fazer pedagógico.
Penso que este seja o maior desafio da minha profissão: Ensinar/aprender a enxergar para aprender/ensinar a pensar.
Olá Ivonete! Inicialmente, prazer por conhecê-la. Adorei o teu Blog. Parabéns pelas postagens sistemáticas. Eu não estou conseguindo realizar tudo. Avanço numa disciplina, mas me atraso em outra. Sabe também não consigo ser sucinta, descrevo demais tudo . Adorei a tua frase "Se sentindo um feijão na salada de frutas". O que dizer de mim que devido a distância, ainda não fui às aulas, estou bem perdida.
ResponderExcluirAbraços,..
Obrigada querida! Sua visita é que me deixou feliz! Muito obrigada pelo teu carinho!
ExcluirQualquer coisa que eu puder te auxiliar, é só gritar, viu?!
Abração grandão!
Olá Ivonete! Tudo bem? Realmente concordo contigo quando dizes que : "temos de enxergar além do visível" Não sei bem se nossos alunos compreendem esse objetivo, mas é um pensamento necessário para formarmos cidadãos. Pensar no que está por trás das propagandas, da comunicação, da história e de tudo que nos rodeia. No caso dos nossos filmes nacionais também precisamos pensar a época em que foram produzidos e a conjultura. Também não tenho muito bem trabalhado em mim um gosto apurado pelo visual e temáticas dos filmes nacionais produzidos no tempo da ditadura. Mas me encanto quando paro para assistir e penso no que foram capazes de produzir sabendo o que realmente estava acontecendo no pais naquela época. eram muito corajosos tu não achas? Ah não posso deixar de comentar que está muito bonito o teu visual de blog. Parabéns, Abraço, Betynha ;0)
ResponderExcluirOlá Ivonete! Tudo bem? Realmente concordo contigo quando dizes que : "temos de enxergar além do visível" Não sei bem se nossos alunos compreendem esse objetivo, mas é um pensamento necessário para formarmos cidadãos. Pensar no que está por trás das propagandas, da comunicação, da história e de tudo que nos rodeia. No caso dos nossos filmes nacionais também precisamos pensar a época em que foram produzidos e a conjultura. Também não tenho muito bem trabalhado em mim um gosto apurado pelo visual e temáticas dos filmes nacionais produzidos no tempo da ditadura. Mas me encanto quando paro para assistir e penso no que foram capazes de produzir sabendo o que realmente estava acontecendo no pais naquela época. eram muito corajosos tu não achas? Ah não posso deixar de comentar que está muito bonito o teu visual de blog. Parabéns, Abraço, Betynha ;0)
ResponderExcluirOi Betynha....
ResponderExcluirAinda que produzido em épocas ditatoriais, o exagero nas linguagens, a insistência na utilização de palavras de baixo calão ou imagens pitorescas de nosso tropicalismo, não me agradam. Olhando sobre este viés, Machuca também é uma produção épica, inclusive sob moldes da ditadura Pinochet, e nem por isso, é insípida ou cansativa de ser assistida,traduzindo ao fundo, sua mensagem de forma direta, mas sutilmente compreendida.
Abraço.