quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Maquinaria Escolar = Comodismo institucional?


Se pensarmos a palavra "maquinaria" em particular, sobretudo a interpretação utilizada pelas reflexões de Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria, perceberemos que esta designa um conjunto de mecanismos combinados para receber uma forma definida de energia, transformá-la e restituí-la sob forma mais apropriada, ou para produzir determinado efeito. 
Revisitando nossos ambientes escolares sob esta ótica, enquanto instituições destinadas para o "recolhimento e instrução da juventude", conforme apontam estes mesmos autores em suas reflexões, não é difícil estabelecermos coligações entre aquela realidade constatada no século XVI com a de nossos dias.
Mas,  até que ponto este "comodismo institucional" tem sido válido para a qualificação do ensino nas Escolas? 
Esse ostracismo, que delega autoridades legitimadas aos professores  e que ao mesmo tempo, é tido como espécie de "tábua de salvação", tem seu papel minimamente reconhecido pela sociedade, sem que isso se traduza na inexistência de questionamentos quanto à eficácia das didáticas de ensino que são utilizadas.
Entretanto, ainda que tente modificar sua atuação profissional revisitando constantemente suas práticas pedagógicas, dando-lhes um caráter mais emancipatório no que tange ao desenvolvimento dos alunos, muitas vezes o professor ainda encontra outro desafio: esquivar-se de comentários pouco construtivos daqueles que dizem-lhe estar tentando "inventar a roda" e que nem de longe, percebem-se engrenagens desta mesma maquinaria escolar, vítimas ou não. 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário