Tenho um amigo que trabalha como instrutor de auto-escola.
Dia destes, durante uma conversa, lhe perguntei qual era o público mais difícil de trabalhar entre o universo de pessoas que costuma atender. Sem pestanejar, ele disse:
"- As professoras!" - Imaginando que estava brincando comigo, sorri pra ele, enquanto lhe ouvia explicar o por quê de seu posicionamento. Dizia que eram os únicos seres humanos que não admitiam que estavam erradas, julgavam-se tão cheias das didáticas que não permitiam-se aprender novas técnicas, corrigir seus erros, persistindo com a mesma forma errônea de dirigir...
Embora tenha entendido como uma observação simplista, pautada em exageros e em categorizações, não há como não lembrar deste meu amigo ao relembrar o que foi o transcorrer da atividade coletiva que fomos orientadas a fazer...
Não gosto de trabalhos coletivos. Então, não me surpreende que eu não tenha gostado desta atividade!
Admito que esta minha dificuldade beira o individualismo extremo, pois gosto das coisas do meu jeito, no meu ritmo, sem cobranças excessivas, delongas nos retornos ou ainda, que se paute no parafrasear de ideias, ou ainda, na utilização de dúzia e meia de palavras simplistas, respaldadas sob a égide "de figuras de linguagem"...
Para mim, a melhor parte foi que acabou!
Realizei as três participações como convinha, como "a regra" enunciava.
Agora, só me resta esperar pelas próximas atividades, para que os professores estejam atentos e sensíveis às individualidades que compõem o coletivo, pois vejo que o respeito às diferenças tem muito mais a agregar ao invés de serem consideradas apenas como ingredientes em misturas de "fazer de conta".
Conversando com a supervisora da Escola onde trabalho, contei-lhe que admiro o trabalho da Direção, porque consegue nos agregar, mas ainda assim, respeita o que cada um é, em seu universo particular! Certamente, esse diferencial faz toda a diferença para que eu queira ficar ali...