quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Curiosidades e experiências

Lendo alguns textos e assistindo alguns vídeos encaminhados pela Interdisciplina de Representação do Mundo pelas Ciências, percebi que minhas aulas tem um "quê" de construtivista sim. 
Talvez por ter aversão às formas de avaliação tradicional, sempre procuro mesclar minhas aulas com momentos em que o aluno se sinta co-responsável pelo conhecimento que estamos trabalhando, veja-se desafiado a demonstrar suas habilidades, compartilhar dúvidas e certezas.
Quando começo a trabalhar com eles noções de orientação espacial, pontos de referência, lhes desafio a construir bússolas. Sempre me surpreendo com a variedade de materiais que eles utilizam para este intento: papel, folha de árvore, pedaço de madeira, cortiça, clips, imã de geladeira, e por aí vai. Então, concordo plenamente quando uma das pessoas do vídeo diz que "as crianças tem uma curiosidade gigantesca para descobrir o mundo, coisa que nós alunos, deixamos de nutrir quando crescemos.



Acho que é bem por aí, infelizmente.
E como é bom desafiar este povo! Vê-los se organizando para descobrir formas de "Como fazer um ciclo da água que chova e produza modificações no relevo?", ou  "Se eu demonstrar um abalo sísmico dentro de uma caixa de sapato, preciso pensar um modo das pessoas enxergarem como acontece.", ou ainda, "De que forma vou representar esta coisa de os espaços geográficos estarem um dentro dos outros ao mesmo tempo?"



Ou então, você propõem a eles que no trabalho sobre as utilidades do solo, produzam um "cuca verde" e eles aparecem com os "tipos" mais genuínos possíveis? 
Definitivamente, análise, curiosidade, registros, não são processos que caracterizam apenas os esforços das ciências, pois afinal, todos somos pesquisadores, estamos sempre em busca de satisfazer curiosidades pessoais. Acho que o lado bom da Escola é justamente isso: auxiliar a manter a curiosidade na busca de compreender o mundo que está a nossa volta. 
    
    

Nenhum comentário:

Postar um comentário