Lendo alguns textos e assistindo alguns
vídeos encaminhados pela Interdisciplina de Representação do Mundo pelas
Ciências, percebi que minhas aulas tem um "quê" de construtivista
sim.
Talvez por ter aversão às formas de
avaliação tradicional, sempre procuro mesclar minhas aulas com momentos em que
o aluno se sinta co-responsável pelo conhecimento que estamos trabalhando,
veja-se desafiado a demonstrar suas habilidades, compartilhar dúvidas e
certezas.
Quando começo a trabalhar com eles
noções de orientação espacial, pontos de referência, lhes desafio a construir
bússolas. Sempre me surpreendo com a variedade de materiais que eles utilizam
para este intento: papel, folha de árvore, pedaço de madeira, cortiça, clips,
imã de geladeira, e por aí vai. Então, concordo plenamente quando uma das
pessoas do vídeo diz que "as crianças tem uma curiosidade gigantesca para
descobrir o mundo, coisa que nós alunos, deixamos de nutrir quando crescemos.
Acho que é bem por aí, infelizmente.
E como é bom desafiar este povo! Vê-los
se organizando para descobrir formas de "Como fazer um ciclo da água que
chova e produza modificações no relevo?", ou "Se eu demonstrar
um abalo sísmico dentro de uma caixa de sapato, preciso pensar um modo das
pessoas enxergarem como acontece.", ou ainda, "De que forma vou
representar esta coisa de os espaços geográficos estarem um dentro dos outros
ao mesmo tempo?"
Ou então, você propõem a eles que no
trabalho sobre as utilidades do solo, produzam um "cuca verde" e eles
aparecem com os "tipos" mais genuínos possíveis?
Definitivamente, análise, curiosidade,
registros, não são processos que caracterizam apenas os esforços das ciências,
pois afinal, todos somos pesquisadores, estamos sempre em busca de satisfazer
curiosidades pessoais. Acho que o lado bom da Escola é justamente isso:
auxiliar a manter a curiosidade na busca de compreender o mundo que está a
nossa volta.
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