terça-feira, 25 de abril de 2017

Quem diria que dos nove, já estamos no quinto?!

         
        Então, depois de passar pelo processo de Vestibular, estávamos no dia 17 de novembro de 2014 tendo nossa primeira aula inaugural, quando conhecemos a estruturação do Curso. Uma semana depois, conhecíamos o famoso "pbworks", temido e razão das inúmeras vezes que pensei em desistir.
    Entre as primeiras construções, conhecer nosso Espaço Escolar e representá-lo de forma visualmente compreensível, uma narrativa digital que nos custou horas de concentração e criatividade, davam provas de que os processos reflexivos estavam apenas iniciando, e que seriam parte de nossa rotina "peadiana", pois dali, partiríamos para a criação de nossos portfólios de aprendizagem em 30 de março de 2015. 
         2014,2015, 2016, 2017... avaliar retrospectivamente nossa trajetória, gera um misto de alegrias pelas conquistas que fomos alcançando, com umas pitadas de nostalgias e finalmente, a ideia de que se trata de um caminho cheio de surpresas, entre as quais, a amizade é um ingrediente bastante singular.
         Muitas vezes, continuamos a ouvir que "fazer a faculdade à distância é moleza". Discordo!                  Por que? Porque em se tratando deste curso, a distância limita-se à meras questão geográficas, e porque ao invés de conjugar o verbo "fazer", optamos pelo "construir".
         Conforme o tempo vai passando e vamos nos dando por conta de nossa autonomia, perdemos a pretensão de "conter conhecimentos" porque atentamos para a sua multiplicidade, para sua dinamicidade.
       Ao passo que os desafios colocam à prova nossas capacidades, percebemos que sempre é possível dar um passo além daquilo que já havíamos compreendido como "fim de linha". 
          Matematicamente, estamos na metade do caminho para conseguirmos nossa graduação... Daqui a pouco, virão preocupações como "que música eu quero que toque nos meus segundos de fama?", "Qual a cor que vou querer para o meu vestido?', "Como vou fazer para não chorar e borrar a maquiagem na hora das homenagens aos nossos queridos"....  
           Daqui a pouco... muito pouco! 
           Oxalá, passe bem rapidinho este processo!

           
  
    
   




terça-feira, 18 de abril de 2017

E agora, Projeto de Aprendizagem, Projeto de Pesquisa ou Projeto de Ação?


Por si só, a palavra "Projeto", já dá a ideia de que há a necessidade de se solucionar um problema "X", e para tanto, são necessários traçar objetivos, os quais nortearão as etapas que virão futuramente. 
Pensar um Projeto de Aprendizagem é reportar-se ao construtivismo piagetiano, já que em essência, seu propósito é a promoção de aprendizagens profundas através indagações constantes que buscam o envolvimento das pessoas em questões e conflitos produtivos e portanto, relevantes às suas vivências.

Pensado como metodologia de trabalho em sala de aula, o Projeto de Aprendizagem, segundo Almeida (2000),

"(...) é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente, denominado ambiente de aprendizagem. Este ambiente é criado para promover a interação entre todos os seus elementos, propiciar o desenvolvimento da autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, por meio da busca de informações significativas para a compreensão, representação e resolução de uma situação-problema. Fundamenta-se nas ideias piagetianas sobre desenvolvimento e aprendizagem, inter-relacionadas com outros pensadores, dentre os quais destacamos Dewey, Freire e Vygotsky."

 Entre as características do trabalho desenvolvido com Projeto de Aprendizagem, podemos destacar a tomada consensual e heterárquica de decisões quanto a escolha do tema, regras, direções e atividades, baseadas no contexto do aluno, contrariando as demais formas de trabalhos com projetos que consideram situações vivenciadas e pontuais.
Além disso, o próprio espaço escolar passa a ser visto em sua essência, ou seja, como local de compartilhamento de experiências, primados nas relações interpessoais, longe dos paradigmas uniformizantes, lineares, cadentes e excludentes defendidos pela pedagogia tradicional. Desta forma, o trabalho com Projetos de Aprendizagem leva em consideração o universo infantil ou a adolescência, longe da abdicação do rigor intelectual ou do valor próprio conhecimento em si. Pelo contrário. Assegura-se de que estes conhecimentos sejam apropriados de forma significativa e portanto, interessante aos olhos de todos os envolvidos no processo, o que Cooper denomina como “aprendizagem ativa”.

Contrariando as tomadas de decisões de forma heterárquica dos Projetos de Aprendizagem, os Projetos de Ensino, os professores, juntamente com a coordenação pedagógica escolhem o tema a ser abordado, arbritam sobre os critérios externos e formais, de acordo com  a organização hierárquica dos conteúdos curriculares. Apesar de denominado como metodologia globalizadora, o Projeto de Ensino ainda mantém o Professor em seu papel de agente transmissor de conhecimentos aos alunos, meros receptores de informação. 
A exemplo dos Projetos de Ensino, os Projetos de Ação compõem-se de um tema norteador, estabelecimento de objetivos, justificativas que respaldem as ações e metodologias a serem realizadas, bem como recursos necessários e resultados almejados, os quais são organizados sob a forma de um cronograma de ações. Todavia, ambos diferem-se com relação ao tempo de duração, pois se o primeiro, pode ser estabelecido à longo prazo, o Plano de Ação está mais interessado nos resultados propriamente ditos, evidenciados em retomadas constantes aos objetivos a que se dedica.


Referências

ALMEIDA.Maria Elizabeth Bianconcini de. Projeto: uma nova cultura de aprendizagem. Disponível em http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0030.html, acessado em 06 de abril de 2017.
COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 3 a 8 anos. Educar, Curitiba, v. Especial, p.171-190, 2006. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/educar/article/viewFile/5541/4055, acessado em 06 de abril de 2017.


segunda-feira, 17 de abril de 2017

O professor reflexivo

O ato reflexivo é algo inerente ao ser humano, pressupondo tomada de consciência a partir de analise detalhada de alguma coisa ou fato. Portanto, pressupõe que o indivíduo deva conhecer afundo aquilo que é investigado, livre de qualquer preconceito, sendo oriunda desta perspectiva a autonomia defendida no texto de Alarcão.
Segundo as reflexões da autora, a contemporaneidade social nos exige posturas profissionais que colocam sob júdice contínuo as estruturas hierarquizadas do ensino-aprendizagem, já que “são as perguntas que permitem passar do nível descritivo ao nível interpretativo, transformar os confrontos em potenciais de reconstrução”. (Alarcão, 1996, p. 10).
Vistas sob o viés reflexivo, as ações do professor devem traduzir-se em mudanças práticas em seu cotidiano pedagógico, seja durante as suas realizações, seja num caráter retrospectivo. Encarado desta forma, o processo de ensino-aprendizagem vai tornando-se mais elaborado, já que as ações reinterpretadas vão gerando condições para criação de outras alternativas, as quais serão utilizadas em outras ocasiões que demandem semelhantes posturas.
Um professor reflexivo dirige, prioritariamente, um olhar sobre sua própria prática e contexto imediato, analisa as condições concretas que perfazem seu dia a dia. No entanto, penso que, aliado a este processo introspectivo e individualizado, é importante que as Escolas propiciem encontros para compartilhamento de experiências entre os demais profissionais da Educação, mantendo canais de comunicação que dialoguem com as diferenças e incorporem novas perspectivas.

Referências

ALARCÃO. Isabel. Ser professor reflexivo. Disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1917616/mod_resource/content/2/Ser_professor_reflexivo_Isabel_Alarcao.pdf, acessado em 17 de abril de 2017.

terça-feira, 4 de abril de 2017

E por falar em ansiedade, voltamos às atividades coletivas...

       Em outros momentos, já falei sobre a minha dificuldades de realizar trabalhos de forma coletiva, seja porque minha sociabilidade ainda está no jardim de infância, seja porque a divergência de pensamentos acabam gerando impasses que vez por outra, desandam para a extinção de "relacionamentos amistosos", por assim dizer.

                                                           .
Prova concreta do que digo foi a realização da atividade encaminhada sobre "Fé e Ciência", cuja a ideia inicial era de que convergíssemos nossas curiosidades em prol de uma construção coletiva. Embora a apresentação tenha ficado a contento de todos (pois ainda que contrariada, não medi esforços em fazer minhas contribuições para o bom andamento do processo), confesso que a frustração foi uma companheira contínua, pontuada pelo fato de que passei a pertencer a um grupo "das gurias que não estavam no dia do começo da atividade" e não, ao grupo em que eu já havia contatado para que pudesse fazer parte no período intermitente às aulas presenciais...
        Então, quando reiniciaram as atividades da EDUAD 079 - Seminário Integrador V e da EDUAD 077 - Projeto Pedagógico em Ação, ambas propondo-se colaborativas, mas coletivamente organizadas, tendo a investigação como mote principal, veio aquela sensação que bem conheço...
       "- Vamos lá, Ivonete... você consegue! Vai ser breve!"
       Todavia, desta vez, eu estava presente na aula. Portanto, foi passível que eu escolhesse as pessoas com quem eu iria deveria trabalhar! Engraçado, para alguns é apenas um detalhe! Para mim, é a diferença! Não que isso beire a xenofobismo, homofobia, egocentrismo, narcisismo ou qualquer outro destes "ismos" ou "fobias" que andam na moda! 
    O  interessante é que, resolvemos que iríamos manter o mesmo grupo para realização das atividades da EDUAD 078 - Psicologia da vida adulta, quando pesquisaremos sobre a Ansiedade.              Então, me senti em casa, porque trata-se praticamente de um "estudo de caso"... não lembro do dia em que aprendi que era assim o nome que designava esta sensação que alguns dizem ser boa, mas bem sei o quanto os constantes tratamentos com especialistas tem me auxiliado a lidar com a delicadeza desta questão.
       Agora, vem a parte do "- Ok, Ivonete! Supere-se!", mas daí, já é papo para uma outra postagem...