Estamos trabalhando sobre a constituição do espaço social sulista e como a Interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais nos propôs a realização de Saídas a campo como didática de ensino, dada a sua validade como prática pedagógica (que particularmente, eu adoro!), resolvi levar uma de minhas turmas de 7o Ano para visitar o Museu do Trem localizado geograficamente próximo à nossa Escola.
Todavia, ao percorrermos o caminho, todos deveriam atentar para aspectos antropológicos na constituição espacial dos arredores de nossa Escola, sobretudo, aqueles que lembrassem poluição de ordem hídrica, sonora ou áudio-visual, registrando seus apontamentos de forma escrita ou ainda, sob a forma, de fotografias.
Foi muito interessante porque apesar de se tratarem de espaços comuns ao seu cotidiano, raramente se tem tempo para observá-los detalhadamente,
Desta forma, era comum perceber a indignação dos alunos com relação às pixações e depredações aos mobiliários urbanos, ao passo que íamos percorrendo nosso caminho.
Alguns diziam que era descaso por parte da administração pública, outros, da população. Já haviam os que defendiam que as pixações deveriam ser compreendidas como uma forma de expressão que as pessoas se utilizavam para expressar seus pontos de vista. Polêmicas à parte, procurei não intervir nos debates, deixando-os esboçarem e defenderem seus pontos de vista sobre as observações que iam realizando.
Todavia, há que se dizer que a riqueza argumentativa foi muito frutífera!
Chegando ao Museu do Trem, os guias nos aguardavam, pois os havia contatado com antecedência. Ambos com formação acadêmica em História e muito atenciosos, dividiram a turma em dois grupos de 15 alunos cada, onde cada uma de nós, professoras, ficamos responsáveis pelos acompanhamentos.
Enquanto um grupo iniciou a visitação pela parte externa, pelas locomotivas e vagões em exposição, o outro grupo acompanhou o guia na parte interna, visitando as instalações da antiga estação ferroviária de São Leopoldo, onde além de se informarem de aspectos históricos, também puderam observar objetos pessoais ou que fizeram parte desta história. Abaixo, neste pequeno vídeo, há um extrato destas explicações, ministradas por um dos guias:
Como dito anteriormente, quando pairamos pausadamente o nosso olhar sobre o cotidano, observamos que cada coisa, espaço, detalhe é, antes de mais nada a comprovação de existência temporal, de histórias que confluem-se com o cotidiano, tendemos a nos compreender importantes neste processo, justamente porque, mesmo que de forma indireta, estamos influenciando para a continuidade desta história.
Muitos dos alunos que participaram da atividade, conheciam apenas as imediações do Museu do Trem, nunca tinham o visto internamente, tampouco, sabiam da importância que representa para o passado da própria estrutura hoje representada em partes pela Trensurb.
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