quinta-feira, 18 de junho de 2015

Emoção e ternura na arte de ensinar

      Todos os dias, enfrentamos o desafios de administrar um ensino-aprendizagem de forma terna e emocionante, pois é sabido que a produção do conhecimento só acontece verdadeiramente quando aliado a mobilizações emocionais. 
       Estas experiências empíricas e de saberes múltiplos exigem que a prática pedagógica vá além do ensinar por ensinar. Prescinde a existência de um processo comunicacional, que renegue por completo o comodismo e dê-se por conta do entrelaçamento existente entre razão e emoção, uma vez que, é esta última capacidade que nos distingue em relação aos outros seres vivos. 
      Não é uma tarefa fácil fazer com que o aluno dê-se por conta de que o conhecimento advém das práticas sociais cotidianas, que apenas está organizado cientificamente para dar vazão didática aos ensinamentos ministrados pela Escola. Todavia, todas as metodologias de ensino que não estejam de acordo com esta premissa, tendem a estar destinadas ao fracasso, justamente porque aqueles alunos "depositários" inexistem em nossa sociedade atual e uma vez que sejam tratados de tal forma, passam a rejeitar o processo, o conhecimento, constroem uma especie de escudo protetor, refratário à informação, ao fluxo de significados. 
   Não há dúvidas de que apenas as metodologias de ensino-aprendizagem baseadas no desenvolvimento autopoiético (proposição de atividades que visem a auto descoberta das capacidades de cada aluno, onde vê-se um ser produtivo,  tanto  de conhecimento, quanto de si mesmo) são aquelas que apresentam maior eficácias, justamente porque optam por deixar de ser algo ligado à representação do já existente, passando a promover enação, articulando corpo e mente. 
   
           


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