Compreender o mundo intrínseco é sempre que sempre foi ambicionado pela ciência, principalmente no que se refere ao nosso cérebro, este milagre de nossa evolução!
Um cérebro gasta mais energia para funcionar que qualquer outro membro de nosso corpo. Aristóteles foi o primeiro a pensar sobre como funciona o corpo humano. Nossos neurônios são bloquinhos de construção do cérebro, 100 bilhões de neurônios conectados, mas não fisicamente unidos.
Não é o álcool que nos deixa bêbado. Logo que o álcool entra em nosso corpo, há uma série de sucessivas reações químicas. É um dos subprodutos destas reações, o composto de ácido grasso que na verdade nos embriaga. A perda da capacidade de reação acontece porque o equilíbrio químico é quebrado quando o ácido grasso bloqueia a superfície dos neurônios, atacando partes específicas do cérebro, entre elas, as que controlam a fala, o humor e a memória.
Pensamentos e atitudes advém de produtos químicos e neurônios. São equipes de neurônios atuando em uníssono que proporcionam nossas faculdades. Cada equipe, sediada numa determinada parte do cérebro, assume uma responsabilidade. Como andamos, corremos e pegamos sem pensar, esquecemos de como toda essa precisão é possível.
O cerebelo, o pequeno cérebro se projeta da base do próprio cérebro. É onde são armazenadas todas as práticas que aprendemos. Depois de praticarmos bastante uma técnica, o cerebelo pode assumir automaticamente. Um pensamento a aciona e o cerebelo faz o trabalho, enviando instruções para o resto do corpo, sem que ao menos, estejamos cientes.
A parte inconsciente de nosso cérebro é geralmente mais habilidosa que a parte consciente. A maioria dos mamíferos tem o cerebelo tão desenvolvido quanto o nosso.
Um quarto de nosso enorme cérebro é dedicado à visão, muito mais que a qualquer outro sentido. Quando examinamos nossos olhos, observamos a única parte de nosso cérebro visível ao mundo exterior. O nervo ótico no fundo do olho, é uma extensão direta do cérebro. Percorrendo o nervo ótico, passamos bem pelo meio do cérebro. Atrás da cabeça é aonde chega a informação visual. Os olhos são meras janelas. Na verdade, enxergamos com o cérebro. O olho é apenas a primeira etapa. O cérebro faz a maior parte do trabalho. Nosso cérebro é tão poderoso que nem ligamos para nossa habilidade visual.
Todos os aspectos de uma imagem tem que ser processados em separado pelo cérebro. Nossa evolução permitiu que, além de percebermos o mundo, desenvolvesse-mos meios de moldá-lo.
Quando a evolução nos permitiu que alongássemos o polegar, nos tornamos capazes de fazer um movimento de pinça entre ele e o indicador (os chipanzés não conseguem fazer este movimento). Isso é chamado de polegar oponível e nos permite manipular objetos com grande destreza.
A sensibilidade dos dedos provém das elevações e sulcos em nossos dedos. Essas protuberâncias também nos dão firmeza, especialmente em situações úmidas. Mas o que tem a ver os dedos com o cérebro?
As mãos humanas se destacam na criação de ferramentas e na manipulação de objetos porque se dedicam exclusivamente a apenas uma atividade. Quando o ser humano passou a se locomover em pé, deu as mãos uma grande liberdade e impulsionou drasticamente o nosso cérebro.
Nunca mais fomos os mesmos.
Assim que nosso cérebro ficou maior, aprendeu a classificar as coisas por categorias, inclusive no cotidiano. A capacidade de entender e controlar a natureza foi crucial para a nossa sobrevivência no passado.
Conforme pensamentos são lembrados repetidamente, eles são levados ao córtex, a parte pregueada que envolve a frente do cérebro. É aí que reside nossa memória a longo prazo. Estima-se que uma pessoa normal possa armazenar no cérebro um milhão de itens.
As histórias tiveram muita importância na retenção das memórias mais tenazes. A arte rupestre é uma extensão da memória, um modo mais duradouro de preservar tradições. Pais ensinando filhos é uma forma de transmitir memórias através de gerações. Ensinar uma criança desde pequena é muito importante pois ajuda a preservar a cultura e a entender as raízes de onde veio.
A tarefa mais difícil do cérebro é a de lidar com a sociedade humana. Talvez a aptidão de lidar com pessoas e a sociedade tenha sido a maior força por trás do grande crescimento do cérebro humano.
Afinal, a coisa mais complexa com a qual o homem ancestral se deparou não foi um alimento, nem uma ferramenta. nem um predador, mas a outra pessoa. A questão é que o outro alguém e não o mundo em si, que é difícil de se lidar.
Para entender os motivos do outro, para persuadir, seduzir, fazer amigos e não inimigos, tudo isso requer intelecto. Podemos vê-lo em ação com parentes próximos. Os cientistas descobriram que quanto mais complexo o grupo social de uma mesma espécie, maior será o seu cérebro. A habilidade de enganar, fazer alianças, sobrepujar os outros foi fundamental para a evolução dos chipanzés.
A sociedade humana é a mais complexa de todas as sociedades animais.Há uma pressão contínua para ser o número um. O tempo todo o nosso cérebro lida com a política; mexericos, lisonjas, maledicências em casa ou no trabalho. É simplesmente o nosso modo de conviver com as pessoas.
Por milhões de anos, o cérebro e o corpo humano evoluíram para enfrentar desafios mais complexos. Aprendemos a manipular ferramentas. Fizemos uso total do sentido visual e desenvolvemos uma potente memória. Mais recentemente, dominamos a linguagem, uma forma bem mais eficiente do trato social. Já podemos construir uma imagem detalhada do cérebro evoluído. O cerebelo, responsável pelos movimentos automáticos. No cérebro há até local especial para a linguagem e outro para as aptidões sociais. Mas ainda falta algo nesse mapa. É a misteriosa coisa que faz de você o que você é e de mim o que eu sou. Os cientistas a chamam de consciência.
A consciência é o maior dos atributos do cérebro, mas é muito difícil de definí-la. Basicamente, é a ciência que temos de nossos pensamentos e sentimentos para que cada um tenha sua própria personalidade. Sem a consciência, não seríamos mais que robôs se arrastando pelos movimentos da vida.
A consciência nos permite apreciar as grandes coisas da vida: o amor, a arte, a ciência e a religião. A consciência torna o cérebro mais do que um mero aglomerado de pequenas células cinzas e eletricidade. É o que nos torna humanos.
Como objeto, a consciência é algo muito difícil de se estudar. Mas uma série de incríveis operações cirúrgicas revelou fatos surpreendentes que comprovam que a consciência é parte de todo o cérebro, onde seus muitos elementos operam em harmonia. As capacidades mais refinadas como memória, percepção e emoções, estão igualmente ligadas a um formidável todo!
A ciência é o meio mais poderoso para se saber sobre o corpo humano, mas mesmo assim, sempre haverá perguntas que ficarão sem respostas. Muito do que nos torna humanos será sempre um mistério, até mesmo, espiritual. Chama-se isso de alma!
Referências:
BBC: O corpo Humano – O Poder do Cérebro:disponível em https://www.youtube.com/watch?v=r9LOlkEljvQ, acessado em 08 de junho de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário